10 de Agosto de 2020 - 13h:58

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Dona da Ricardo Eletro pede recuperação judicial e fecha todas as lojas

Por: UOL

A Máquina de Vendas, dona da marca Ricardo Eletro, pediu hoje recuperação judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo.

 

Todas as lojas da rede também serão fechadas. As dívidas somam R$ 4 bilhões e entre os maiores credores estão o Itaú, Bradesco, Santander e a Whirlpool (dona das marcas Brastemp e Consul).

 

Além da Ricardo Eletro, a empresa também detém as marcas Lojas Salfer, CityLar, Lojas Insinuante e Eletroshopping no segmento de eletrônicos e eletrodomésticos. "A Máquina de Vendas entende que está no caminho certo e vê a recuperação judicial como um momento transitório na jornada de reconstrução do seu negócio", diz a empresa, em nota enviada ao UOL.

 

Em vídeo, o presidente da companhia, Pedro Bianchi, informou que todas as lojas foram fechadas e que a varejista irá se concentrar em um novo modelo de negócio, baseado numa rede virtual de parceiros e colaboradores. "Estamos tomando uma decisão corajosa e histórica e vamos fechar todas as lojas físicas e fazer um novo modelo de negócios, vamos democratizar as vendas pela internet", disse Bianchi.

 

No novo modelo, totalmente virtual, a Ricardo Eletro espera atrair parceiros e colaboradores, sejam pessoas físicas ou varejistas, para vender seus produtos em canais próprios de internet ou da varejista. De acordo com Bianchi, já existem 2 mil parceiros cadastrados para operar o novo modelo.

 

"Parceiros terão autonomia para negociar preços e condições de pagamento e terão comissões diferenciadas de acordo com o desempenho", afirmou. Dessa forma, segundo Bianchi, os colaboradores poderão ganhar duas ou três vezes mais do que ganhavam.

 

"A ideia é reduzir os custos fixos ao máximo para criar uma rede forte de colaboradores e uma roda de virtude. Hoje nasce o dia da nova Ricardo Eletro". O executivo prometeu também cortar em mais de 50% o salário da presidência, estabelecer teto salarial para diretores e pagar credores e colaboradores dentro do processo.

 

*Com informações da Agência Estado.

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