O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (22), depois que dados melhores do que o esperado sobre o mercado de trabalho norte-americano alimentaram o apetite por risco dos mercados, enquanto as negociações de um novo pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos continuavam no radar.
A moeda norte-americana caiu 0,28%, vendida a R$ 5,5936. Veja mais cotações. Com o resultado, passou acumular no mês recuo de 0,44%. No ano, tem valorização de 39,50%.
Cenários
O arrefecimento do dólar ganhou força a partir das 9h30, depois que o Departamento do Trabalho dos EUA informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego no país totalizaram 787 mil na semana passada, número abaixo da previsão de 860 mil em uma pesquisa da Reuters.
Essa leitura vem num momento de grandes dúvidas sobre o futuro da maior economia do mundo, uma vez que a Casa Branca e o Congresso dos EUA seguem sem um acordo para um novo pacote de apoio fiscal, com a proximidade das eleições norte-americanas de 3 de novembro representando um prazo extremamente apertado para as negociações.
As negociações sobre um novo projeto de lei de auxílio à crise do coronavírus sofreram um revés na quarta-feira, quando o presidente Donald Trump acusou os democratas de não estarem dispostos a fazer um acordo aceitável, apesar de relatos de algum progresso no início do dia.
Permanecem também as preocupações com o aumento dos casos de coronavírus no mundo.
No cenário local, o foco continua nas incertezas sobre a sustentabilidade das contas públicas e andamento da agenda de reformas em meio à pandemia.
No radar dos investidores também está o novo leilão de títulos do Tesouro Nacional com vencimentos de curto e longo prazo. "Vale lembrar que na semana passada foi feito um leilão com apenas 38% dos papéis ofertados sendo adquiridos pelos investidores e hoje será mais um teste da confiança do investidor x risco fiscal", destaca a equipe da Mirae Asset.