27 de Fevereiro de 2020 - 15h:17

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Bovespa passa a subir, após maior recuo desde 2017 na véspera

Na quarta-feira, o Ibovespa recuou 7%, a 105.718 pontos, maior queda desde 18 de maio de 2017.

Por: G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, passou a operar em alta na tarde desta quinta-feira (27), depois de recuar mais cedo. Na quarta (26), o Ibovespa registrou o maior recuo desde 18 de maio de 2017, em meio a temores sobre a expansão do coronavírus e impactos na economia global. O dólar segue em alta e chegou a bater R$ 4,50.

 

Às 15h05, o Ibovespa subia 0,54%, a 106.290 pontos. Na mínima até o momento, o índice marcou 103.222 pontos. Na máxima, chegou a 106.309 pontos.

 

No dia anterior, o Ibovespa recuou 7%, a 105.718 pontos. No acumulado do mês, a bolsa tem queda acumulada de 7,07%. Em 2020, o recuo é de 8,58%.

 

Ao longo desta semana, as principais bolsas sofreram diante da disseminação do vírus, com a Ásia registrando centenas de novos casos, enquanto os Estados Unidos alertaram para a possibilidade de uma pandemia. Na quarta-feira, o ministério da Saúde confirmou o primeiro caso no Brasil. A principal preocupação é que o coronavírus impacte o desempenho da atividade global.

 

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, reconheceu nesta quinta que o avanço do coronavírus pode ter impacto no crescimento mundial e "afetar todo mundo, inclusive o Brasil".

 

"Está assustando todo mundo pois pode ter impacto muito forte no desaquecimento da economia mundial, isso impacta a exportação de todo mundo. Tem desorganização de cadeias produtivas, organizadas em países asiáticos. É um fenômeno que está todo mundo se debruçando agora. O risco é no preço de commodities e em um crescimento menor do mundo. A gente tem de estar preparado e lidar com a situação", afirmou.

 

Os investidores temem os impactos do avanço do coronavírus no crescimento da economia global e diversas empresas alertaram que o surto afetará suas finanças, incluindo United Airlines, Mastercard, Danone e Diageo.

 

Tensão global

 

No exterior, as bolsas europeias tinham mais um dia de queda. Investidores temem os impactos do avanço do coronavírus no crescimento da economia global e mais empresas alertaram que o surto afetará seus lucros e resultados, incluindo Microsoft e AB InBev.

 

Na China, as bolsas fecharam em leve alta, com um menor número de mortes devido ao coronavírus e após o governo sinalizar mais suporte para a economia doméstica. No Japão, índice Nikkei fechou em queda de 2,13% e, em Seul, o índice KOSPI perdeu 1,05%.

 

Já os preços do petróleo caíam cerca de 2% nesta quinta-feira, no quinto dia consecutivo de perdas, para o menor nível desde janeiro de 2019. O petróleo Brent caiu abaixo de US$ 53 o barril, enquanto que petróleo dos Estados Unidos recuou para menos de US$ 48 por barril.

 

Embora o maior número de casos confirmados e os principais impactos ainda estejam concentrados na China, os temores de uma pandemia intensificaram-se com autoridades pelo mundo lutando para prevenir a disseminação do vírus, que já foi registrado em cerca de 30 países, gerando interrupção de produção e consumo na China, e também a paralisação de algumas atividades em países como Coréia do Sul, Irã e Itália.

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