02 de Dezembro de 2020 - 15h:45

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Dólar opera perto da estabilidade de olho em notícias sobre vacina

Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 2,21%, a R$ 5,2282, no menor patamar desde o fim de julho.

Por: G1

O dólar opera perto da estabilidade nesta quarta-feira (2), enquanto os investidores monitoravam os sinais de avanço em direção à distribuição de vacinas para a Covid-19, depois que o Reino Unido se tornou o primeiro país a aprovar sua vacina para a Covid-19.

 

Às 16h30, a moeda norte-americana subia 0,34%, cotada a R$ 5,2458.

 

Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 2,21%, a R$ 5,2282, menor patamar de fechamento desde 31 de julho (R$ 5,217). Em novembro, acumulou queda de 6,82%. No ano, o avanço ainda é de 30,39%.

 

O Banco Central anunciou para esta quarta-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021, destaca a Reuters.

 

Cenário local e externo

 

No exterior, os mercados reagiam positivamente diante da perspectiva de chegada das primeiras vacinas contra o coronavírus.

 

O Reino Unido aprovou nesta quarta-feira a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech e anunciou que prevê iniciar a vacinação na semana que vem.

 

Por aqui, o IBGE divulgou mais cedo que a produção industrial cresceu 1,1% em outubro, na sexta alta mensal seguida - mas insuficiente para recuperar as perdas do ano. Na quinta, o IBGE vai apresentar os dados oficiais do PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre.

 

Levantamento da FGV mostrou que economia brasileira reverteu no 3º trimestre parte significativa da forte retração de 9,7% registrada no 2º trimestre, mas que a recuperação foi heterogênea e desigual, com apenas parte dos setores retomando o nível pré-pandemia.

 

Do lado mais estrutural, o foco dos mercados segue voltado para a sustentabilidade fiscal do Brasil e as incertezas sobre a aprovação de medidas de ajuste fiscal para garantir a saúde das contas públicas.

O principal temor dos mercados, por ora, é de que o governo fure seu teto de gastos no ano que vem diante de um Orçamento apertado, preocupação que vem acompanhada de frustração com os atrasos na agenda de reformas estruturais.

 

No radar dos investidores também está a perspectiva de aceleração da inflação após o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que decidiu que haverá cobrança extra na conta de luz em dezembro. O Itaú informou na véspera que elevou a sua projeção de inflação para 4,3% em 2020, acima da meta central do governo para o ano, de 4%.

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