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Pedidos de recuperação judicial para produtores PJ cresceram 29% em 2023

Ano passado, 116 produtores que atuam como pessoas jurídicas pediram recuperação judicial no país, mostra levantamento da Serasa Experian

Globo Rural

Em 2023, 116 produtores rurais que atuam como pessoas jurídicas (PJs) pediram recuperação judicial no país, alta de 29% na comparação com os 90 pedidos de 2022, mostra levantamento da Serasa Experian.

 

Apesar do aumento nos pedidos de produtores cadastrados como pessoa jurídica, o número do ano passado é inferior ao visto em 2021 (120), em 2020 (121) e ao recorde de 2019 (145).

 

Conforme o levantamento, os produtores rurais PJ que atuam com plantio de soja e de cereais foram os que mais recorreram ao instrumento em 2023, marcando 37 e 23 pedidos, respectivamente. Outros segmentos como, criação de suínos, horticultura e pesca, não registaram nenhuma requisição.

 

Na avaliação de Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, a alta no número de pedidos não configura uma crise generalizada no agronegócio brasileiro, já que a maior parte do setor segue operando normalmente, sem necessidade do recurso.

 

“É fundamental que os produtores e empresas ligadas ao agro organizem suas finanças e, se preciso, busquem pela renegociação de dívidas, pois a recuperação judicial deve ser utilizada apenas como último recurso”, disse.

 

Conforme o levantamento, os arrendatários de terras ou empresas “sem registro de cadastro rural” foram as que mais pediram recuperação, com 48 solicitações. Em sequência, ficaram os grandes proprietários, com 46; os médios, com 12; e os pequenos proprietários, com 10 pedidos.

 

Dentre os Estados, Minas Gerais apareceu como o mais demandante, com 31 requisições; seguido por Mato Grosso do Sul, com 15; São Paulo, com 13 pedidos; e Mato Grosso, com 11.

 

A onda de pedidos de recuperação judicial do setor tem preocupado o governo. Em março, o ministro da Agricultura Carlos Fávaro, enviou um ofício ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a atuação do órgão para conter possíveis excessos e interpretações erradas da lei na crescente concessão de recuperações judiciais por juízes de primeira instância.

 

A preocupação do governo federal é que o aumento das concessões possa “contaminar” o ambiente de financiamento ao setor produtivo no país e desestimular os agentes que fomentam a produção agropecuária.

 

Imagem: Freepik


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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